segunda-feira, dezembro 27, 2010

S. SILVESTRE DE LISBOA 2010 (FOTOS)


Parem lá de se assoar, pois o auto-Messias chegou, para nunca mais deslargar!!! (Até rimei!)

As Rabanadas de Peru foram o pé-de-cabra que faltava para sair do baú... (epá rimei outra vez... agora já estou assustado...)

Como é meu apanágio para esta prova, tento sempre afastar-me o máximo possível do local da partida, para que depois possa vir a voar de um qualquer ponto do país, sempre com aquela sensação "...epá desta é que já não vai dar...!"

Assim sendo eram 16h30 e estava a sair de São Martinho do Porto, e ainda a ter que passar por casa para passar um óleo de amêndoas pelo pescoço!

Nada de especial, não fosse o caso de vir montado num VW Polo 97'... (e o 97 aqui acaba por casar bem com a sua velocidade máxima) arriscando a vida a cada curva e lanço de portagem! Devo ter trocado as notas todas aos portageiros...

Cheguei a casa ás 17h28, com os tambores dos travões em pior estado que a bateria do Danny Carey depois de uma sova, e gastei apenas o tempo de subir as escadas até casa de 10 em 10 degraus, largar as malas, e mais qualquer coisa no WC, vestir as minhas roupas de corrida feitas à medida e zarpar para baixo... de 20 em 20 degraus. Eram 17h39...quando voltei a violentar o boguinhas!

Pirescoxe (1ª casa) >> Intendente (2ª casa) em pouco mais de 12 minutos e 4 AVC's, que coincidiram com passadeiras de peões, e saltei do carro com 8 minutos para o arranque da prova!
Foi então hora de sprintar Almirante Reis abaixo, a relembrar de forma algo forçada cada azevia e copinho de aguardente das noites anteriores...
Cheguei à Praça do Comércio já com as mulheres a fugir...
Pronto! A corrida para mim tinha terminado... e era então tempo de fazer um cooldown de 10km em pouco mais de 50' e 400 fotos... que seguem em baixo em franca má qualidade... Deve ter sido do empedrado...

DASS

segunda-feira, junho 28, 2010

CORRIDA DAS FOGUEIRAS 2010 (FOTOS)

(links para as fotos tiradas durante a corrida no final do post)

"CORRIDAS DAS FOGUEIRAS" OU "CORRIDA DOS TINTINS ASSADOS"

Antes de mais devo referir que esta é para mim a melhor corrida popular de estrada do calendário Nacional e dos PALOP.

4€ = T-SHIRT das boas (ASICS) + sms a confirmar a inscrição + sms a dizer tempo e posição à chegada + Peniche na Rua a aplaudir!! Belo!

Eu até gostava de apontar um defeito a esta prova... tipo aquela parte da via rápida estava um bocado apertadita... mas nessa altura ia com tantas miudas giras à volta que passou de defeito a virtude do traçado!!!

Aliás a coisa apertou tanto, que decidi que já chegava de roça roça forçado, acabando por ligar a reservar quarto no Delirius Azuis para 6 (eu e mais 5 individuas de vários tamanhos e aplitude de pernas)...




Este ano, calhou encontrar os tintins logo no início da prova, e decidi ir com eles até final não fossem ser precisos para algumas coisa!Por acaso foram, porque a corrida passou de gira a patética.

Sabem o que são tintins assados? Não? Passo então a mostrar:


TINTIM - Deus do Fogo!















A popularidade do Belzebu a certa altura era tanta que até as Escuteiras Barely Legal lhe pediam para sacar foto e assinar o interior das copas DD do soutien!




Em suma, nos próximos anos só não irei se não puder mesmo!
Organização 16 estrelas!


FOTOS TIRADAS NA ESCURIDÃO:

FOTOS - Parte 1

FOTOS - Parte 2

segunda-feira, junho 14, 2010

TRIATLO DE OEIRAS 2010

ALVORADA

Normalmente acordo na cama... mas desta vez acordei uma hora depois de me levantar, ali para os lados de um cruzamento no Baptista Russo!

Ia muito bem na minha velocidade cruzeiro (182 km/h) com as pálpebras a meia haste, quando à entrada do dito cruzamento, o meu olho esquerdo vislumbra uma carripana a arrancar do lado esquerdo do cruzamento…enquanto o olho direito valida, só por descargo de consciência, qual a cor do meu semáforo!

VERMELHO!!!!!!!!!!

Liga braços!
Liga mãos!
Liga pernas!
Liga pés!

“Activação concluída!”

Primeiro, afundar o pé direito no travão!
Segundos, calcar pé esquerdo em cima do pé direito!
Terceiros, ir lá com as duas mãos empurrar os pés no travão…!!!
Quartos, puxar o travão de mão com a boc… não… é melhor não dar dicas ao salvador para treinar lá as coisas dele…

Bom…só sei que fiquei ali parado umas 14 sequências de semáforo a pensar na vida!

Mas também o facto de ter queimado um pouco mais de pastilhas de travão do que o que tinha previsto (e escrito no caderno) para este mês, não era caso para tanto! Mas para a próxima acelero!

O resto da viagem correu sem incidentes e cheguei a Oeiras pronto para lavar os pés!

Lá pelo meio ainda dei alguma assistência a uma colega de trabalho que se foi estrear (…no triatlo).

Depois de saber que nunca tinha nadado 100m seguidos (em piscina) e que corria 1 vez por mês, disse-lhe que o triatlo era a cara dela…! Pelo email que recebi hoje da parte dela, parece que sobreviveu para contar! Agora é aprender a subir para a bicicleta e tentar o 2º triatlo.


O ANTES

O dia estava belo! As vistas estavam belas… até que ao chegar (de passadeira vermelha) à box do CVNG vi a banda “Salvador y Los Enfermos Terminales” e tudo desabou… DASSSSSSSSSSS

“Mas não há nenhum fim-de-semana em que estes gajos tenham outras coisas para fazer com os fatos de lycra?!? “

Mas pronto, para não me encharcarem o chão com a mesma choradeira que fizeram da 1ª vez que não lhes falei, lá cumprimentei um a um, com aperto de mão firme! Mas apertar a mão ao Salvador ou ao Barbooooosa é o mesmo que tentar apanhar uma enguia epiléptica untada com vaselina com uma mão de manteiga derretida… pelo que após 3 tentativas a tentar apanhar aquela coisa que eles estendiam na ponta do braço desisti e tratei de arranjar as minhas coisas.



Nesta prova foi batido o recorde de presenças da equipa com 9 elementos (lá mais para baixo digo as posições em que ficaram… menos a do Salvador que é nojenta… ele tem a mania de espetar o rabo…)!

Depois de sair do parque estive a ver a prova aberta e a dar força à colega! Tipo “Às tantas já desistias, não?” ou um “Posso ficar com a tua casa? Assina aqui, e aqui onde está a cruz!”

E depois foi hora de ir para baixo, sondar a temperatura da água! Estava fria mas boa! Nada de pedras de gelo e afins!

Para os novatos nestas andanças (sim que eu já cá ando desde… dois mil… e cinco) informo que há um protocolo a cumprir para que a entrada na água seja feita de forma segura… semelhante à dos peixes recém-comprados que vamos colocar no aquário lá de casa!

Primeiro, molhar os pezinhos!

Depois, entrar mais uns centímetros até termos água pelos joelhos! Nesta altura deve-se verter apenas ¼ do vasilhame (bexiga) para aquecer a zona da bacia… enquanto se penetra mais um pouco dentro de água até equalizar os níveis (água fora - xixi dentro).

Por fim - e esta é a parte mais delicada do processo, onde não podem ocorrer erros pois a catástrofe espreita - no preciso momento em que nos enterramos até ao pescoço dentro de água e nos horizontalizamos, deixamos, ao mesmo ritmo, sair os restantes ¾ de bexiga, para que nunca sintamos o arrepio na espinha característico destas situações (e daquelas em que o Salvador está a tentar passar por heterossexual) .
Adaptação ao meio aquático feita, chegava então a altura de entrar no Nível 1!
4 braçadas cróle para lá e mais 4 costas clássico para cá! Aquecimento mais que feito.

Chegado de novo ao areal (de onde nunca saí, porque fiz batota e aqueci com os pés no chão), recebi a trágica notícia de que os seniores teriam de partir embrulhados entre os Não Federados (aka “Portantos isto quando apitar é para correr para a frente, não é?!?”),os Veteranos (aka “Portantos isto quando apitar é para andar devagar para a frente, não é?!?” e as Dámas (aka “Portantos dentro de água o Dassilva é todo meu, não é!?!”)

Como é que no meio de quase 400 convivas eu iria sobreviver?! Eu que gosto de nadar a solo, sem ajudas externas tipo empurrões nas pernas ou puxões de braços!

Como estava com uma touca branca (temporária) cheguei a pensar em ir para o lado dos veteranos e chegar-me o mais para a esquerda possível… mas a minha consciência de Cavaleiro Moderno não mo permitiu e lá parti do lado sénior!


O BANHO

Assim que soou a trombeta, toda a gente saiu disparada para a frente menos um, invisual, EU!

A minha táctica foi correr na diagonal para a esquerda até ter trespassado os veteranos, as damas e os rochedos! Espera… “trespassado os veteranos”?!… vamos se calhar voltar atrás e dizer “passar pelos veteranos”…por trás…!

Esta técnica usada pelos Comanches no grande cerco de 1730 em Dallas do Sul, fez com que começasse a nadar numa zona com bastantes menos braços! Eram cerca de nenhuns, já que abusei um pouco na diagonal e já estava com o bugio à minha direita (mais ou menos)!

Puxei do mapa e astrolábio, e tracei nova rota a rasar a 1ª bóia amarela! Como sempre tive boas notas a ciências, não falhei por muito!

O problema foi a seguir à 2ª bóia… Ao virar à direita, devia ter virado mais um bocadinho, já que eu e outro que vinha à minha frente não íamos propriamente em direcção à praia, mas sim ao cais de desembarque do Forte!

A certa altura o que ia à minha frente desapareceu, e reparei então que nadava já praticamente na mesma direcção do cardume principal mas desviado uns bons 50 metros para o lado esquerdo! Quem viu da praia deve-se lembrar do senhor que estava a tentar apanhar lapas com os braços das paredes do forte! Resultado, saí fora das cordas com as boiazinhas piquenas (já na areia) a fazer slalom nos veraneantes que se banhavam!

Saí ali para os lados do minuto 14 e tal, juntamente com o Mister Carmo e também avistei logo o Carlos Gomes, que como sabem cria uma espécie de corrente a favor no ciclismo que nos puxa, mesmo que não queiramos ir para onde ele vai… portanto disse logo para mim mesmo, “É agora campeão galáctico! Dá tudo agora que mais tarde não vais ter para dar!”

O pior é que disse antes de perceber que a praia não tinha saída! E fui de encontro a um muro onde estavam outros triatletas, que também correram pela areia de olhos fechados, a tentar subi-lo! Mas custava muito terem metido ali uma rampa para o pessoal subir para o parque?!

“Aí aquilo era uma rampa? Com 92º de inclinação?! Ahhhh por isso é que o Barboooosa me disse que quem afirmou ter subido a rampa à primeira era mentiroso, porque ele que é Rambo consegui logo à 4ª!!!”

Cheguei à minha box (como sou um Puro Sangue humano acho que o termo boxe se adequa perfeitamente), logo atrás do mister que fez das tripas coração para me deixar para trás, apontando para caminhos cheios de vidros a dizer que eram atalhos para o PT e coisas do género. Tirar fato é cada vez mais fácil e rápido (já era a 4ª prova do ano), colocar óculos, capacete, agarrar na bike e segui… nada de novo aqui!


O CYCLING

Ao correr para a saída do PT, ouço o Gáz (Gay Vaz para os amigos) a referir que o Pistons Gomes acabara de sair e que era uma boa roda! “FFFFOOOOOOOOOOOOO”#$”#, já não o apanho… lá se vão 10’ para o caraças!!!”

Mas o Mister ia mesmo ali e disse para mim mesmo, se há gajo que me pode levar à conversa com o Pistons durante a bicicleta é ele… e vai daí segui o calção “Carmo” o mais perto que pude… sem comprometer a minha reputação e a relação dele com o Salvador!

“FFFFOOOOOOOOOOOOO”#$”#” - outra vez?!?!?!

E meter esta porcaria em andamento?!? Nem com a destreza e sangue frio do maior neurocirurgião do mundo a operar o seu próprio “instrumento”!
Ainda assim sou homem e tento.

Já na Marginal, 82km/h, a olhar em frente e sem desviar a vista do Mister e do Gomez, afalfo a presilha do tenes com os 2 dedos de fora, tento enfiar a agulha no buraco com os 2 dedos de dentro e… e… “Porra não dá!?” Pior como não podia pedalar e tentar enfiar aquilo ao mesmo tempo (ainda tentei mas o pé fugia-me), a velocidade foi diminuindo até quase estar ao ritmo do Salvador, já com o grupo a fugir perigosamente…

Foi altura de puxar pelo meu passado no ciclismo (Triatlo de Peniche de 2010) e fazer daquelas arrancadas que (quais Roonie no anuncio da Náique) originam muitos novos bebés baptizados com o nome DASSILVA… e em menos de 3 horas de agonia estava novamente integrado no grupo!

O ciclismo foi até Algés e voltou!
O grupo também!
O grupo passou outros 2 grupos pelo caminho!
O grupo quase me fugiu na subida a seguir ao Mónaco!
O Grupo eram Mister + Gomez + um ou dois também a aplicar pedal + 183 paparazzis (nos quais me incluo).
O Grupo quis atirar o DASSILVA para fora da pista com um encosto de ombros, mas o DASSILVA tem o rugby nas veias e nem mexeu!

Ciclismo fácil excepto quando foi extremamente difícil! Houve alturas que mesmo sem pedalar, nas descidas, passava pelo grupo como se de mota, outras houve que para não perder o lanterna vermelha, tinha de pensar na Lar de Sonho a dizer “Vêm mi buscá!!!" em brasileiro!

Assim a matilha de cordeirinhos chegou ao PT, onde saí como se fosse um pró…

(Imaginar a imagem em super slow motion)
Bike a rolar, meeeeeesmo em slow motion, com os raios das rodas a brilhar ao sol…

As mãos másculas e cheias de calos (dos meus tempos de adolescente, em que a mulher a dias de 32 anos insistia em limpar o pó dos livros com a parte de dentro da saia rodada, enquanto que eu assistia aos 3 Duques) a segurar com firmeza extrema o guiador…

A perna direita sai do pedal e desliza erecta para a traseira da bike, passa por cima do banco e vai encostar suave suave atrás da perna esquerda (altura em que o júri tem já os 3 cartazes “10.0” levantados pela forma magistral como efectuei o movimento de perna a la “régua e esquadro”)…

Ao mesmo tempo que a os 2 pés se encontram do lado esquerdo da bicicleta, e para ir em perfeito equilíbrio, coloco a bicicleta a fazer um ângulo de 16º com o asfalto para o lado direito…

As pitas da assistência juntaram nessa altura mais um número de dorsal aos TO DO’s para o fim-de-semana!

Mais uma vez entro no PT junto ao Mister e digo para mim mesmo… “Mas isto agora é assim em todas as provas?!? Tudo bem que eu não treino, mas também andar assim tão mal não pode ser? Era mesmo para ir até Algés? Por acaso não o vi no retorno…”

Mais uma vez também, a frescura dos 35 aninhos permite-me voar para fora do parque, deixando toda a concorrência para trás (desde o Brad Pitt ao Rocco Siffredi) e iniciei a minha perseguição ao Salvador (mas á distância para ele não travar a fundo de propósito a ver se ganha o dia).


A CORRIDA

Desde logo percebo que estou mais solto e isso notou-se pela forma mais lenta com que o Mister passou por mim a voar :P

Estava mais solto mas a andar o mesmo! Só quem vi atrás é que reparava nos efeitos secundários do “solto”… mas como Pedrouços era já ali, o pessoal ficava na dúvida!

A corrida não teve grande história! Muito calor, pelo menos no meu quadradinho, uma descida e uma subida feita em duplicado. Na primeira volta ia a morrer, já na segunda ia a falecer!



No final da 1ª volta dei conta de 3 homens à perna e disse para mim mesmo, “Se os conseguir levar até perto do Salvador ele esquece a prova e sempre é mais um lugar que recupero!”. Tentei mas não consegui…

Consegui ainda assim acelerar mentalmente a seguir ao retorno e deixar alguns (copos de água) para trás. Vi passar na outra faixa, em sentido contrário, a Ana Filipa Santos e a Ana Teresa Machado já bem perto de mim, o que fez com que o meu pedigree Marialva de Patilha rodasse a chave do 2º coração e permitisse a utilização das 20 ppm extra necessárias ao derradeiro esforço. Entrei na recta da meta isolado, e com o da frente e o de trás longe do alcance… restou-me durante esses metros finais, mostrar o número de dorsal à Directora de Marketing da Câmara de Oeiras (o Vasco da FTP acho que sabe o nome dela de cabeça…) para os TO DO’s do fim-de-semana da senhora.

Cortei a meta com o ar quem tinha estado deitado no banco do jardim a manhã toda (mas a brincar aos 69’s com uma gorda de 600kg, e em que era a minha vez de ficar por de baixo)… praticamente acabei sem ar no pulmão!

Juntei-me às grades do CVNG, onde já estavam “pendurados” o Mister Carmo e as suas iscas e a alma penada do Salvador (que parecia ter levado com uma granada de fermento na tromba, de tão pálido que estava – recordo que chegou apenas 40’’ à minha frente… um hom… individuo que respira alta competição… pelo menos ali para os lados do Frágil no Bairro).

Um a um os elementos da equipa iam chegando, Serôdio, Gonçalo, … (4 meses de pois)…o Barboooosa, e o Helder que insiste em pensar que nada menos que o Barboooosa!

Nessa altura, mas só nessa altura, ficou claro que o Xiquito Sonâmbulo já não ia chegar, e soubemos também que o Capitão América se amandou de marcha atrás contra uma miúda (barely legal) e que por isso tinha lá ficado a pedir desculpas na relva com o bigode!

De realçar que o Soneca se não tivesse vomitado na corrida, tinha ficado nos 10 primeiros da geral! Francisco Machado de seu nome! São Gregório para os amigos! Mas normalmente costuma ganhar mesmo quando vomita… desta vez não sei o que se passou!

Assim e resumindo a equipa chegou pela seguinte ordem:

1. Mister (49º e 3º V1)


2. Ancas de Gelatina(50º)


3. DASS’ILVA (60º)


4. Seccionista (166º)


5. Veterinário (170º)


6. O Transformista (280º)


7. O Nadador Salvador (295º)


8. Soneca (1º a sujar o chão)


9. Capitão América (1º a sacar um numero de telemóvel)



MAIS UM PÓDIO PARA A EQUIPA CVNG/LINK

Para terminar em beleza, e lembrando os ambientes macho onde também se anda com eles apertadinhos… levamos em ombros, até ao pódio V1, o nosso bandarilheiro Carmo, onde teve honras e direito a orelhas e o rabo… (não é preciso dizer quem insistiu para oferecer o rabo pois não?!)

Por equipas ficamos em 12º em 33 (e caso o Soneca deixe de vomitar, poderemos aspirar ao top 10, o que ao olhar para as fotos de cima... permite acreditar que o euromilhões pode mesmo sair todas as semanas à mesma pessoa...)


NEXTs: Marginal à noite (corrida), Fogueiras (corrida), Pedrogão grande (triatlo), Aveiro (triatlo)…

segunda-feira, junho 07, 2010

TRIATLO DE PENICHE (2010)

69!

Gostam?

Quem não gosta?!… Só o pessoal do Paleolítico Inferior porque a mata era muita!

Mas de facto neste triatlo atribuíram-me o prémio carreira (o 69º lugar é actualmente atribuído de forma secreta como Prémio Carreira) que de resto era há muito reclamado pela minha legião de fans (mãe e um dos filhos – o que ainda não fala, mas que se vê mesmo que é meu fã pela forma carinhosa com que me enche os sapatos de baba…)

Mas este Triatlo de Peniche, o 32342º, começou bem cedo com o segmento “Evacuação” a ser feito logo depois da partida da prova aberta…

Procurei, procurei, e procurei e lá encontrei uma casa de banho pública (daquelas à antiga, já com o senhor do papel higiénico incluído e tudo).

Desde a minha viagem a Marrocos, nos idos de 1999, que não evacuava de pé. Só vos digo… Iron-mans ao pé disto é como engatar cabeleireiras no Indochina ao Sábado à noite!

A força, equilíbrio e sangue frio (para não errar o alvo) que é preciso ter numa situação destas, é de levar um homem crescido às lágrimas! Ainda agora me estão a doer os quadríceps…

Com um andar novo regressei à feira das vaidades (espaço circular onde os elementos da minha equipa (CVG) atiram bocas másculas uns aos outros), a tempo de relatar o que me tinha acontecido no WC público e com testemunhas quase oculares.

Antes deste episódeo, já tinha ido colocar as coisas ao PT, juntamente com o Capitão América, e unica coisa que há a destacar neste acto, foi apenas o ter obtido a confirmação de quem é o matxo da equipa, com a menina dos cestos a olhar para nós os dois, com um cesto azul forte numa mão e outro rosinha clarinho na outra.

De um lado tinha um gajo de bigode, pelo no peito, e com esta música a sair dos calções, e do outro o “Testosterona com 3 Pernas” como a minha primeira namorada carinhosamente me costuma chamar…

Escusado será dizer quem ficou com o cestinho rosa, certo?

Regressando à frente, a equipa compareceu então com os seguintes atletas e respectiva classificação final:

- Francisco Soneca (16-17) – 40º
- Mister (40-44) – 62º
- Dassilva (35-39) – 69º
- Capitão América (45-49) – 101º
- Gonçalo Animal (30-34) – 148º
- Barboooosa (40-44) – 230º (deve ter atalhado…)

O Xiquito como sempre fez a sua prova sozinho… na natação vai lá para a frente, no ciclismo não sabe andar na roda portanto também vai sozinho e na corrida é proibido ir ao colo portanto também segue a sós!

O Mister, nadou bem mas aos ss, e saiu novamente com a nuvem negra em cima dele (Capitão América para os amigos). No PT foi mais rápido, mas não o suficiente para apanhar o comboio Carlos "Pistons" Gomes. Foi portanto a solo (ou como se fosse), até me apanhar a arranjar os travões em andamento. Depois dividimos as despesas… mas ele é que pagou tudo! :)

Na corrida lá se foi embora apesar de estar a recuperar de uma lesão (estado permanente desde 1724, ano anterior ao do nascimento do azeite Galo) mantendo um ritmo miserável até final…

eu, nadei como gosto, com o peito a 20-30cm da água para ver onde andam as bóias (mas desta vez a "Lar de Sonho" não foi a esta prova) e saí pelas escadas como os outros… só para não me chamarem de anormal a tentar amarinhar por um dos postes da doca acima…



Ao longo do PT fui distribuindo charme… e peças… pelos cestos de outras equipas, e só por sorte levei a minha bike para o ciclismo. Sorte e alguma ajudinha que veio dos céus (obrigado pastor Vaz)!





Eu ainda fui a tempo de apanhar… ou melhor de ser colhido… pelo comboio Gomes, e lá me aguentei a custo atrás dele. (Ele foi mesmo fazer o longo na semana anterioir?!?)

A certa altura, mais ou menos a meio da 2ª volta, alguém diz… “Mas ninguém puxa?!” Disse, mas disse lá detrás não sei se estão a ver a ideia… Mas como eu, mesmo sabendo ser uma armadilha, não sei dizer Não a um “És maricas ou quê?!?” - seja em que língua for – lá fui para a frente no sprint da minha vida para a custo conseguir meter a minha roda de trás 1,2 cm à frente da roda da frente do Gomes… e fiquei lá menos de 1’ a travar o Sôr Carlos até ser chutado para canto…

Escusado será dizer que vi o comboio partir sem dizer adeus… e continuei a solo!

NOTA: Voltar ao psiquiatra! Tens de aprender a dizer Não, seja aos triatletas, seja às cabeleireiras...

Fui a solo mas só até ser apanhado por outro comboio, o Carmo das 17h05, altura em que segui alegremente desesperado atrás dele!



Chegada ao parque, transição perfeita…
Regresso atrás para tirar o capacete pois não estava a chover… e inicio o segmento da caimbra… UIIiiii Ca Dor…
Parei, estiquei o gémeo e lá fui a morrer até final!

Desta vez não existiram premiados, mas existiram muitos prémios:

Francisco Soneca - Prémio “Para a próxima coloco eu as minhas coisas no PT!”
Mister – Prémio “Vasco da Gama” NOT! Com uma navegação daquelas…
Dassilva – Prémio “Santa Casa da Mesiricórdia” pela distribuição gratuita de equipamento
Capitão América – Prémio “Cesta de Ouro Rosado
Gonçalo Animal – Prémio “Decadência em mar aberto”… cada vez piora mais o seu tempo… :P
Barboooosa – Prémio “Golfinho Morto” … natação abaixo dos 20’ já não é para qualquer um



Prova sempre gira e com muita animação! Não admira que seja a mais antiga!

Próxima prova é em Oeiras, para mais um treino! (Já que este ano as provas servem para as 2 coisas :P) e com a maior presença do CVG de sempre com cerca de 400 atletas só do CVG!

terça-feira, maio 11, 2010

TRIATLO DE ABRANTES E COIMBRA 2010

Oooooora boa tarde!

Desde os idos de 22 de Fevereiro que não vos brindava com este aglomerado de palavras idiotas sobre uma actividade qualquer em licras!

E não vos brindei, não por não gostar de vocês, mas porque estou-me completamente a c...agar para vocês (no bom sentido claro!).

A verdade é que nada se passou, como de resto a vida deve ser... ali… sem novidades, tentando passar despercebido... quanto menos acontecer melhor... que é para não cansar!

Mas ainda assim, no que toca a treinos (uma vez que este site é uma espécie de santuário da alta competição em Pirescoxe), ainda nadei 3 vezes (contando com os triatlos de Abrantes e Coimbra neste mês) e fiz umas quantas corridas, mais propriamente Salvaterra de Magos (12km) e os triatlos de Abrantes e Coimbra :)

Portanto, a alta competição, e respectiva carga de treino, chegou para não mais largar... e hoje inclusive já marchou um bife “à super-chefe” + uma caneca de sangria, para não ficar demasiado magro! Ficam a saber que na alta competição tudo é levado ao extremo... até estas coisas de compensar gastos calóricos com comida criteriosamente seleccionada!

Mas voltando ao que “nos” interessa, a época de triatlo para a minha pessoa iniciou este ano logo em Maio (por pouco não arrancava depois de ter terminado…) com o triatlo de Abrantes. Triatlo esse que pode ser resumido em 3 palavras: Natação, Bicicleta e Corrida!

Foi uma prova um nada mais seca que a do ano anterior - em que só houve o segmento de natação mas com 3 calçados diferentes (primeiro sem, depois com uma bicicleta e por fim uns ténes) – e com a subida que me permitiria alcançar os lugares cimeiros cortada a meio para que o resto do pessoal conseguisse desmontar a apenas 2/3 da subida, e não logo no 1º 1/6!

Fiquei em 2º da já famosa equipa CVG/LINK, mas com a ausência do Mister Carmo que anda a brincar às lesões nas iscas rabiais (ou lá como é que ele chama àquilo…pelo sim pelo não nunca peço para ele se “desenvolver” muito)!

Avançando já para o triatlo de Coimbra, triatlo este que pode ser resumido em 3 palavras: Que cambada de anormais! E refiro-me logicamente a este aglomerado de totós em torno de um deus (eu!), que todos juntos não fazem metade!

Pior… no final veio-se a descobrir que, desta amálgama de gente construída à paulada e untada com Voltaren fora do prazo, houve um que saiu de lá com uma medalha de bronze no escalão mais competitivo da 3ª idade, o V1! Foi ele o mister Carmo e ainda por cima lesionado! Isto diz bem do estado a que chegou o triatlo em Portugal.

Mas voltemos ao início, saí de Lisboa por volta das “coiso” (que é para vocês não escreverem as horas a que saio de Lisboa, na capa da caderneta “A vida glamurosa do DASS’ILVA – Edição 36”), na furgoneta do mister e na companhia de um futuro vomitador de hamburguesas no campeonato do mundo de triatlo – refiro-me a nada mais nada menos que Francisco Machado, Júnior, e que sempre que pode se senta ao pé de mim só para respirar o mesmo ar... rarefeito, porque eu tenho os pulmões que se sabe!

Chegamos a Coimbra por volta das 9h45 (não, não digo que velocidade média fizemos a viagem seus matreiros…), e desde logo, aquele ser baboso que veio com a cabeça junto aos pés a viagem toda, saiu do carro qual zombie e ficou a olhar para o porta-bagagens… O Mister pede-lhe para segurar a bike mas ele está fascinado com a bagageira da carrinha e não há quem o distraia… O Mister pede-lhe para tirar o seu saco de cima da bicicleta dele e olhos dele reflectem com 130% mais de brilho a traseira da viatura… O Mister lança um “Porra saí ao menos para eu conseguir tirar a bike porque o teu saco já eu o tive de tirar”… Nada! É uma bagageira… o que pode valer mais que isso! (Quase) que te compreendo francisco!

Passados estes ¾ de hora naquela zona do carro, lá nos equipamos os 3 para ir reconhecer o percurso em modo turístico, e quando já íamos a meio do caminho… Carmo diz… Francisco…! Pxói!!! Chiquiiiito!!! Não queres levar o capacete? E a bicicleta…também? É só para não vires aí a andar a atrás de nós porque parece estranho… (escusado será dizer que quem lá foi buscar as coisas foi o Carmo, porque ele tinha medo de ter uma recaída e já só faltavam 45’ para o início da prova).

Dada a voltinha, chegamos ao parque de estacionamento e começam a aparecer uma a uma as maleitas da equipa, e que aproveito para revelar aqui tipo apresentação da equipa CVG/LINK 2010 (ordenados já pela ordem de chegada à meta nesta prova):



Francisco Machado (O homem-baba) – há quem tenha capacidade para adormecer nas viagens de carro… mas ele é já a versão v2.1 e adormece nas viagens, ponto, quer esteja dentro ou fora do carro!


Fernando Carmo (O homem-lesão) - se não tem uma coisa qualquer terminada em “…ais” ou “…ites” não está nos seus dias…


DASS’ILVA (O Homem) – ainda está para ser escrita uma descrição tão completa do que é ser um Homem à séria, como qualquer uma das minhas fotos o conseguem fazer!


Gonçalo Vicente (O homem-crocodilo) – a forma como se debate, no chão, para conseguir tirar o fato depois do segmento de natação, é a réplica perfeita de um crocodilo a tentar cortar ao meio um mamute só com a boca… arrepiante!


Manuel Gonçalves (O homem-do-bigode) – uns calçam os ténis da bike em andamento, outros viram o dorsal para trás em andamento, ele aperta o capacete a meio da 3ª volta (de 3)… só assim para ver como o homem é focado em apanhar o gajo que vai à frente!


João Serôdio (O homem-que-dobra-a-toca-no-parque-de-transição) – chegar da água, colocar capacete enquanto se tirar o fato, óculos, agarrar na bike… renheuuuuu!!!? Naaaaahhhhh… chegar da água, tirar o fato com calma… tirar óculos e meter dentro da bolsa piquena, sacar a touca, limpar com a toalha seca e pulverizar com pó-de-talco, dobrar em 4, colocar dentro do saco previamente aberto e guardar na bolsa grande. Vamos colocar o capacete, vamos a isso, e óculos e ténis… primeiro 1 depois o ouuuuutro… e deixa cá ver se não me esqueço de nada?! Parece que está tudo… meti a touca na bolsa grande não meti?! Burro! Era na média… deixa cá trocar senão depois isto é uma confusão… pronto! Agora está tudo! Beijinhos Ritinha, e olho aí na mala que eu não confio no Barbooooosa!


Luis Barboooooosa (O “homem”-rã) – …sem as 4 patas! Progride na água como uma tartaruga virada ao contrário cheia de furos no casco… para baixo! Diz ser matemático, porém… querem ver… “Oh Barboooosa! Diz aí quanto é que é 2 + 2 em base 3, só para ver aqui uma coisa…” A resposta, só vos digo, é hilariante! Barbooooosa sabes que digo isto mas que estás aqui… No fundo da tabela!


Helder Figueiredo (O homem-novo) – novo, porque foi a primeira vez que apareceu! Se o Barbosa nada mal, este se se afogasse, o corpo nem com a corrente a favor daria à costa! Porém viu logo que mais uma ou duas provas, e tem o Barbooooosa a ter de derreter a sua cremalheira 22 (prato grande na frente) para o apanhar!

Há ainda mais 2 indivíduos na equipa que não apareceram por motivos de força menor:

Luis Pimenta (O homem-pássaro) – piloto de helicópteros que não compreende como é que não aparece no ranking de triatlo de 2010, só porque não fez ainda nenhuma prova esta época… ele há coisas estranhas!


Bruno Salvador (O homem-da-anca-mole) – que dizer deste bailarino!? Treina os melhores! Corre como os piores! É daqueles rapazes que diz elas não o largam… elas quem?! As más prestações? Uma coisa é certa, mesmo não se assumindo e mantendo-se dentro do armário…, também não daquelas pessoas que tente disfarçar, o que já evita confusões!


Feitas as apresentações da casa dos horrores, resta-me dizer que a prova foi muito bela, com sol depois da chuva, com a água a roçar os 4ºC, com a água a roçar os 4 cm de profundidade em algumas zonas. A minha natação foi brutal, com um arranque detrás de uma das bóias só para aumentar o grau de dificuldade, e com um atleta a partir à minha frente que parecia ter ficado preso nalguma rede. Era só espuma e andar para a frente que é bom tas quieto… passados uns 3’ lá conseguiu começar a andar… cheira-me que arrancou com potência a mais e ficou ali a patinar!

Nadei para lá, depois contornei à direita, novamente à direita e depois vim para cá… chegado à plataforma de saída, e com 2 dedinhos apenas na plataforma salto de uma só vez para fora de água e caio já a correr… (cheguei a ouvir um miúdo exclamar… e pai olha aquele golfinho a saltar… ai não é o super homem queimado…)!

Série VO3 até à bicicleta, porrada no fato (só ganhei ao 5º round, mas foi porque me apanhou distraído), e ala que se faz tarde! Bicicleta toda atrás de um grupinho que me apanhou, não me perguntem nomes, só sei que ia uma carolina de cor de rosa… acho!

Cheguei junto com a Catarina Lar de Sonho, e com a futura colega de equipa Ana Teresa Machado que entretanto tinha apanhado na bicicleta. Ambas as 2 foram para a frente, porque eu deixei, e lá me fui arrastando com graciosidade, à espera da água que nunca chegou… tendo que reduzir dos 2’50’’/km para os 4’50’’/km por precaução.

Mesmo a chegar ao final vejo a Catarina e disse para comigo… (não posso dizer o que disse…) e acelerei em modo Stealth… Mesmo em cima da meta passo por ela… e bato-lhe levemente nas costas com a mão (e no resto do corpo com os olhos…), dizendo vem cá buscar se queres… não quis! Mais perdeu!

Fiz quase TOP 100, se bem que o importante é estar no TOP… o número já é um preciosismo!

Arrumamos as coisas, fomos ao fórum comer uma salad… um hambúrguer dos grandes e bazemos para baixo! O Francisco ia dizer que agora para baixo se ia manter acordado a viagem toda mas… adormeceu a meio!

Próximas provas da equipa? Peniche (há a corrida do Oriente… não sei como vou descalçar esta bota) e Oeiras pois claro!

FOTOS de RITINHA (menos a do Salvador agarrado ao instrumento!)

segunda-feira, fevereiro 22, 2010

SEVILLA 2010 - A PRIMEIRA MARATONA... (PARTE 2)

A PREPARAÇÃO DO MATERIAL

Antes de preparar o material, esqueci-me de 2 pormenores importantes:

1 – O Alarve (Gonçalo Vicente para os inimigos), ganhou esta alcunha porque no referido jantar, e atendendo a que tinha uma prova no dia anterior que puxa pelo que se tiver no estômago (a mais), comeu:
- Os pães todos da cesta dele, mais 2 ou 3 da minha (…sim eu vi!)
- 3 pizzas familiares, mais metade da que eu dividi com a minha esposa, Mr.
GPS e Miss Belinhas.
- crepe com 43 bolas de gelado + “só 2 colherzinhas” das sobremesas dos
restantes convivas… que não iam correr no dia seguinte obviamente! Que
esses ficaram de boca aberta a olhar para o aspirador…

2 – O Forcado Anti-Queijo

Epá não sei porque carga de água, sempre que me aproximava a menos de 500m de uma fatia de queijo, lá aparecia o Forcado com a conversa do “QUEIJO!!! Mas tu queres morrer?!? Toda a gente sabe que comer 1 grama de queijo e fazer exercício nas 4 semanas seguintes é pior do que correr com dois sabres nas pernas durante 800 kms contra uma parede…”

Isto era dito por uma pessoa que na antes, durante e depois da maratona se enfrascava em "basos de vino…". Caro Vitó, tenho um tio que é “doutor das pessoas que vêm elefantes azuis a voar”... é só pedires e dou-te o número…


A PREPARAÇÃO DO MATERIAL (agora é que é)

A “preparação do material” não teve propriamente o significado que eu gostaria… uma vez que a esposa estava cansada da viagem e eu tinha kms de alcatrão para pisar no dia seguinte, vai daí resumiu-se mais a um juntar de todo o manancial de vestuário, produtos comestíveis (também no sentido menos interessante), produtos lubrificantes (idem…) etc…

Depois de ver o FCP empatar e agradecer a Deus nosso senhor por essa dádiva pré-caminha, foi então hora de preparar o material a levar no dia seguinte. Para os menos rodados (presente!) eu passo a explicar:

- Casaco de bombazina castanho para o estilo na linha de partida

- Chapéu de ciclista dos anos 30 “Barbot Tintas”

- Calções (nada de cuecas… Se é para badalar que seja na amplitude máxima)

- Camisola de Lycra de mangas à cava, 4 números abaixo para fazer sobressair os meus
peitorais de sonho

- Adesivos para os pipos - ninguém gosta de dar sangue involuntariamente no final de
uma maratona…

- Vaselina para untar toda e qualquer parte que roce… desde a planta dos pés às
pestanas

- Fita adesiva para cada dedinho do pé, para que as unhas não saltem pela 524ª vez

- Clips para o dorsal

- Ténis com o chip nos atacadores (e não lá dentro) … porque se não nem com os
adesivos deixaria de dar sangue no final

- 64 gels, 1 para cada 5kms mais 56 de reserva… não vá ter cãibras ao km 2…

Depois de tudo conferido em triplicado, fui-me deitar, não sem antes lançar um último olhar sensual à esposa (a esperança é a última a morrer… foi pena ela estar já a roncar).


DE MANHÃ

Perdão… de noite ainda… já que o despertador tocou a meio da noite… mas o mister insistiu que o pequeno-almoço fosse tomado às 6h…

A visão que se seguiu foi necessariamente semelhante à última refeição de um condenado à morte… sozinho… no escuro (para não acordar a mulher que ronca)… com o frio (sim porque ainda estava nu… Sempre na esperança…)… e a comer um iogurte desenxabido… mais 4 fatias de pão com 2 fatias de queijo meeeeeeeesmo mau… (e como se não bastasse, a imagem do Forcado a cada dentada no queijo). No final um Kiwi para melhor desanuviar na sanita!

De seguida, foi o adesivar, untar, vestir e calçar tooooodo o material minuciosamente preparado no dia anterior, lançar novo olhar sensual à cama e zarpar para baixo!

Chegado lá abaixo (tínhamos combinado encontrarmo-nos no 3º azulejo preto do hall de entrada) ainda só lá estava o mister com o seu equipamento áitéc, e foi altura de zarpar novamente para o 3º andar, para buscar o saco da roupa para depois da corrida que me tinha esquecido.

Combinamos ir a trote até ao estádio… (combinamos não, combinaram…! Eu por mim ia de carro até à pista!), e lá fizemos então esses cerca de 2km a rapar um barbeiro do catano mas em grande estilo (Bombazina foreva!).


AQUECIMENTO

Não houve! Estava demasiado frio!

Encontrámo-nos e desencontrámo-nos na pista de aquecimento dos sprinters dos jogos olímpicos… Primeiro apareceu o Barbooooosa, vestido como se fosse trabalhar (mas sem o cinto de ligas)… desaparecendo quase de seguida para cag…. Nunca mais voltou.

Depois foi o Mister, que já estava em stress pré-pré-pré-competitivo e foi lá para fora aquecer a 1 hora do início. Entretanto fui colocar o saco no “balcão dos sacos” que estava dividido por filas de números de dorsais, e voltei para a “pista dos sprinters”, onde me esperavam novamente os Vicentes (Alarve e Sô Vitor). Pegamos na gente e fomos lá para fora!

Chegados lá fora… milhares de convivas… todos eles às cores… todos eles a cheirar a voltarens e afins… e o que é que começou a bombar nas colunas do estádio?

Não, não foi nenhuma ligação em directo à retrete do Barboooosa, mas também fazia pum pum pum… Foi Buraka Sound System!!! Era mais um KUDURO in the house (para além do meu)…

Faltavam então 5 ou 6 minutos para o tiro de partida e foi hora de eu e o meu parceiro de viagem, Sô Vitor, e seu filho Alarve… iniciarmos o aquecimento.

Uma vez que estavam 2ºC a única forma de aquecer foi mesmo ir lá para o meio dos Voltaren-ó-dependentes, e ficar bem quietinho!

A emoção da partida para a primeira experiência na distância rainha é em tudo semelhante aos momentos que antecedem o pedido de um hambúrguer da casa “com tudo”. Tem-se uma enooooorme expectativa, e o pensamento “Será que darei conta do recado?” na cabeça.


KM ‘ZERO’ – THE BEGINING

Depois de uma falsa partida que fez com que o Sô Vitor tivesse de andar ali a ler o manual do computador de bordo, para saber como voltar a por a zeros, lá se ouviu o FUÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃ!!!

Foi hora de partir a toda a velocidade… a passo… já que só passados 1’30’’ é que cruzamos a meta e pudemos começar a aquecer os gémeos com aqueles passinhos de bailarina em pontas.

Saída do estádio pelo túnel e nova paragem lá dentro… Houve pessoal que logo ali parou para perceber como é que iriam fazer a rampa para o exterior… mas chegados lá fora … dezenas, centenas, milhares, milhões de partículas de ar… e algumas pessoas... incentivavam os atletas a não desistir logo ali!

A minha táctica era seguir o Sô Vitor o mais que conseguisse, ao ritmo de corrida que o Mister tinha previsto para ele (mais ou menos 5’/km), para que estivesse o menor tempo possível em sofrimento solitário.

O primeiro km tinha sido queimado em 6’30’’ devido ao pisar de bailarina, mas depois o ritmo foi entrando no previsto logo a partir do km 3.

Sabia que aquele ritmo, mesmo sem treinar, seria fácil nos primeiros kms…

Sabia, mas afinal estava enganado… nunca me senti confortável a correr nem mesmo no início… mas vá... não ia ainda em sofrimento!

A decisão de ir com o Sô Vitor, mesmo que viesse a pagar a factura no final, foi a mais correcta pois íamos ali em amena cavaqueira a falar da nossa experiência no ultramar (não, não é nenhuma corrida de 80km em cima do oceano) e a comparar as experiências sexuais com mais de 3 loiras.

Passamos ao km 5 com 27’02’’ , 2 minutos acima do que o mister queria, mas com o passo a sair certinho ali sempre na casa dos 5’/km!

De quando em vez na zona inicial, lá íamos vendo a minha senhora com a senhora do mister, e lá saía foto! Depois aparecia a senhora ou as 6 noras do Sô Vitor e lá saíam mais fotos … e nós na boa ali sempre na palheta… a maratona não custa nada!

Pelo menos até ao km 10, onde passamos com 52’21’’ (a 14’ do meu lendário record pessoal).

A coisa ia andando bem… e passávamos ao km 15 com 1h17’32’’ e ainda com um sorriso nos lábios!

Chegados à meia maratona, a coisa, para mim, não ia tão assim fácil como o mister informou dever acontecer… ”Um gajo tem de passar à meia completamente descansado” dizia ele. Não ia ainda de rastos mas começava já a acusar os kms.

Passámos com 1’48’30’’ (real).

Fizemos mais uns kms, eu, o Sô Vitor e mais um Tuga que me foi dando conversa, fazendo com que me esquecesse que daí a nada estava a ir para fora de pé (para lá dos 30km…) e sempre ainda na casa dos 5’/km.

Chegados aos 30km, com 2h34’07’’, eu já não ia a ouvir ninguém e já só ia dizendo às 2 lebres para se fazerem à vida porque estava prestes a entregar a alma ao criador…

Eles nunca desistiram de mim há que dize-lo, eventualmente prejudicando o ritmo com o qual se sentiriam melhor… Mas o que é certo é que até ali a coisa ainda ia perto do ritmo previsto.

A agonia do ritmo louco :P deu para gerir até ao km 34… altura a partir da qual, numa recta ligeiiiiiiramente a subir… deixei o Sô Vitor seguir e sem que eu desse conta o outro parceiro tuga desapareceu para trás também.

Passados alguns metros vejo ao longe uma espécie de Alarve verde… a correr praticamente parado… e a perguntar às pessoas onde era a casa de banho mais próxima!

Crepes com gelado 1 – Alarve 0…

Dei-lhe forças para a apanha do Taxi e segui o meu caminho a rir tanto quanto era possível naquele estado!


OS ÚLTIMOS 7 ANOS (KMS)

Passo aos 35km com cerca 3h00’, já em modo fantasma, tendo a certeza que não ia chegar ao fim a correr… mas sempre com o Sô Vitor à vista lá ao fuuuuuuuuundo!

Essa visão ténue, que nunca perdi, e os comentários iniciais em como seria fixe cortarmos a meta juntos, foram dando as “forças” necessárias para aguentar sempre mais alguns metros!

O sofrimento com que se vai nesta altura (para os que não treinam claro) é de tal ordem, que até as linhas brancas das passadeiras já eu contornava só para não ter de as “subir”.

Tudo pede para parar… os pés, as pernas, as ancas, as costas, os ombros, o pescoço, a bexiga, a boca (no more gels! Please!!!)… só não o fiz porque tinha a certeza de que se o fizesse teria de ir a andar até ao final… pois voltar a correr depois de parar era mentira!

E como ainda faltavam mais de 5km e o Carmo é friorento… resolvi correr mais um bocadinho.

Nisto aí por volta do cm 36000000 ou 37000000 (nesta fase já contamos centímetros em vez de kms), alcanço novamente o Sô Vitor… e fico animado por uns 20’’… já que ele mete uma abaixo, sobe para os 5’28’’ e eu não consigo baixar dos 5’30’’ que levava… pelo que volto a ficar sozinho com o Sô Vitor a afastar-se cada vez mais…

O facto de haver pessoal em ainda pior estado (Cristos com cruzes de betão invisível), parecendo que não, nesta fase, ajudava a pensar “Se estes gajos que vão aqui todos equipados à ironmans vão assim, então eu sou mesmo o herói que toda a gente insiste em que sou!

(…falta pouco… para falecer!)

terça-feira, fevereiro 16, 2010

SEVILLA 2010 - A PRIMEIRA MARATONA...

...desde o verão quente de 1989, na Manta Rota com aquela holandesa 47 anos mais velha, que não tinha a oportunidade de relatar uma experiência nova… até agora!!!

Neste fim-de-semana para além dos 3, perdi os números todos até ao 389! Foi como se tivesse sido a única prostituta a ir trabalhar no dia em que um porta-aviões nigeriano (depois de 17 meses em alto mar) tivesse atracado mesmo ao lado da minha “loja de fruta”.

A maratona, que é disso que estou a falar, é uma microcirurgia com um pós-operatório de 3 meses… Hoje passados 2 dias quase que já me consigo sentar para fazer as necessidades mais sólidas!

Antes de relatar com mais pormenor a experiência, deixo o resumo da coisa aos que não têm tempo para o detalhe:

- Dos 0km aos 10km – Tudo Calmo!
- Dos 10km aos 20km – Sensações Conhecidas!
- Dos 20km aos 30km – Já se parava de correr, não…?
- Dos 30km aos 35km – Quero a minha Mãe!!!
- Dos 35km aos 40km – Quero a mãe de alguém!!! (menos a Holandesa da Manta Rota)
- Dos 40km aos 42km – Eu prometo que vou à Manta Rota novamente se me deixarem parar de correr…!!!

Pronto, pessoal atarefado, vão lá ver se as acções já baixaram mais um bocadinho que eu agora preciso de exorcizar o que não consigo andar…


A PREPARAÇÃO

No final do mês de Outubro o Mister Carmo principal impulsionador desta aventura desde o 1º segundo, enviou aos elementos do CNVG (equipa de triatlo do Colégio de Natação Vasco da Gama) um plano de treino detalhado, que transformaria este aglomerado de sobras humanas nuns ultra-quenianos albinos!

O plano era composto na generalidade por semanas tipo isto:

Dom - treino longo (entre os 20 e os 32km)
– recuperação
– descanso
– séries
– recuperação (nalgumas semanas era bi-diário)
– contínuo com algumas rectas
Sab - recuperação

Este plano foi religiosamente cumprido por 3 meses consecutivos…
...mas não por mim!

Qualquer comum mortal sabe que a com a minha carga laboral de 32h/dia + 2 putos pequenos em modo Total Destruction 3 + esposa ainda com os calores, não teria tempo para cumprir mais do que 10% deste ambicioso plano.

Ainda assim desses 10% terei feito praticamente 14%, o que fez com que tivesse cumprido cerca de 3 dos 85 treinos previstos, entre os quais um longo de 29km que até nem me correu mal.

A juntar à falta de tempo, ainda tive uma infecção pulmonar em Outubro/Novembro, uma lesão no Aquiles em Dezembro e uma fractura exposta no cérebro depois de ter assistido a 14’ de TVI seguidos, sem querer, em Janeiro, factos que não ajudaram à preparação.

Mas, desde quando é que falta de preparação é desculpa para o que quer que seja? Desde que me apeteça claro…

Mas como é sabido nunca fui, vou ou irei a qualquer tipo de prova com a preparação devida… ou metade dela… portanto esta não seria excepção!


O GRUPO

E quem fazia parte desta 1ª experiência? Sim porque uma experiência tem de ter elementos, está nos livros. Eram todos membros do CVNG mais um Victor “Cara de Pelo” que por sinal massaja!

Passo então a apresenta-los:
- Dass’ilva – Mito vivo em várias modalidades (incluindo o traque submarino com pouco molho)
- Mister – O Mentor. O Planeador. O Organizador. O ai que dor…
- Sô Vitor – O Caixeiro Viajante
- Alarve – Filho do Sô Vitor. Redefine o acto de comer…
- Barboooosa – O Fuzileiro Gay
- Vitor Cara de Pelo – O Forcado Massagista

Juntamente com os que iriam “correr”, seguiram ainda as suas esposó-namoradó-parceiró-mártires que muito aguentam ao longo do ano e não estou a falar de abusos de baixo dos lençóis já que os “atletas” gastam tudo no alcatrão! Estou a falar obviamente dos outros… já que eu sou um coelhão Duracel ligado à corrente de 440v.


A VIAGEM DE IDA

Há 3 tipos de homem!

Os homens, os “homens”(ex: Cláudios Ramos,Eládio Climax, etc) , e os que obrigam esposas a conduziram 400km de penalty depois destas no dia anterior já terem ido ao Porto e voltado… não é Mister?! Isto para quê? Para não cansar os musculozinhos… que se podem cansar com o ligeiro pressionar num pedal de borracha! Resultado… vim com o coração nas mãos até Sevilha (só mais tarde descobri que ainda assim prefiro a esposa atrás do volante ao Mister)!

OBRIGADO SÔ DONA CARMO! Esta maratona não poderia ser feita sem a sua condução :P

Mas portanto a carreira Expo 98 >> Sevilha 92 foi apanhada por volta da uma da tarde de Sábado, e chegou então com "A" motorista a conduzir, o pendura (de mão pendurada…if you know what i mean) ao lado, e o Forcado Massagista na traseira… não do pendura mas da forgoneta!

Eu e o meu torrãozinho de açúcar entramos e espalhamos charme… (e algum cheiro) até Sevilha!

A viagem não teve grande história, até ao momento em que Carmo o Mestre dos GPS resolve ligar o seu quadradinho mágico à entrada de Sevilha para saber onde era... Sevilha!!!

Informações voavam de um lado para o outro, “Vire na primeira à direita e depois… espera! Se calhar é melhor virar na 3ª à esquerda com inversão de sentido cruzado aos ponteiros do relógio!” GPS da feira da ladra é no que dá!

Isto passava-se por volta das 19h quando tínhamos o restaurante marcado para as 21 menos um quarto pelo Sô Vitor, que tratou de toda a parte logística dessa primeira noite com mestria suprema!

Antes de irmos para o nosso hotel de 17 estrelas douradas, fomos deixar o Forcado Cara de Pelo ao seu parque de campismo em forma de motel…

Mais uma vez Mr. GPS saca do instrumento, e lá contei mais 6 voltas à cidade a tentar encontrar este motel de gabardine e jornal ao alto que teimava em desaparecer na penumbra… Não fora a belinha da Esposa na testa do Mr. GPS e ainda agora estávamos “mesmo quase” a encontrar o “hotel”!

Aproveitamos essa altura (enquanto o Forcado foi colocar o seu saco de bandarilhas no quarto) para comprar o pequeno-almoço do próximo dia, já que no nosso do hotel o valor da venda do monovolume não seria suficiente para o PA dos 4. Portanto, pãorrico adocicado com queijo manhoso e 2 iogurtes de morango seriam as coisas a ingerir pela minha pessoa na manhã seguinte!

Forcado já no carro, foram mais 2 horinhas à procura do hotel que estava a 100m, mais 1h para entrar no parque cheio mais vazio de que há memória, e mais 4h15 para encontrar a recepção do hotel. Em termos de proporções a recepção naquele hotel era equivalente a uma formiga na casota de um elefante!

Check-in feito, era altura de colocar rapidamente as malas no quarto pois a hora do jantar aproxima-se perigosamente… e nós sabemos o que acontece caso ela chegue e a gente não esteja lá! Arrotanço com fartura!

Primeira dificuldade da maratona: Sair do quarto para ir jantar! Aquele quarto quase do tamanho do hotel, com a cama quase a bater em todas as paredes do quarto, fez-me pensar em tudo menos na pi…zza! Mas tinha de ser? Já tenho idade para ter obrigações e lá fui comer…fora!

Restaurante Lapiamontezza a 700m do hotel era o destino, Sevilha inteira foi a nossa rota… mais uma vez o Mister Carmo resolveu ligar o GPS para ver qual a melhor forma de fazer aquele segmento de recta e juntamente com o Forcado Cara de Pelo, que naturalmente já está habituado a dar voltas à arena do Monumental de Vila Franca, lá transformaram o fácil em Missão Impossível 17!

Resultado? estacionamos num parque de estacionamento a 100m… do parque de estacionamento do hotel, para fazer os restantes 600m pé!

Nisto a Sra. Carmo diz… "Temos de levantar dinheiro!" E o que é que o Sr. Carmo faz? Não, não tira o cartão do bolso… tira antes… o GPS, óbvio!

- “Eu acho que o melhor caminho para este multibanco que está aqui à minha frente a 2 passos é…”

Quando de repente é interrompido por parte do elenco do teledisco Thriller (já um pouco mais anafados mas ainda com a caracterização de mortos-vivos) a perguntar:

- “Olaaaaaaa! És reluzente esse quádrádinhó… quanto bálé?!”

Sentido o cheiro a tourada, entra novamente em acção o Pedrito de Portugal de cheiro a incenso e óleo de côco, com toda a sua calma e aptidão para o diálogo construtivo:

- “ Vai mas é mamar na quinta pata do boi… ó meu ganda filho da “#$”#$%. Desampara-me a loja antes que esse gorro sirva para eu comer a tua mioleira ainda quente... ma-zééé!!!”

´(Se não foi assim foi qualquer coisa do parecida!)

Quando o homem de leste extremamente robusto levanta a mão para informar o Forcado que não senhor… não era assim que se falava com as pessoas… a Senhora Carmo diz que "esta caixa não tem dinheiro" e manda uma belinha na testa do senhor Carmo!
Fomos então andando com o Forcado a fazer o gesto “forcado chama touro” ao homem de leste extremamente robusto agarrado à garrafa de tinto.

Chegamos ao restaurante pelas 20h44’59’’ minutos… (tínhamos combinado ás 20h45’) e obviamente não estava lá ninguém… uma vez que os Vicentes (Sô Vitor + Alarve e respectiva família) tinham ido reconhecer o percurso na íntegra mas a 15’/km… só para moer um bocadinho!



O restaurante LA Piamonttesa fica ali para o meio de Sevilha não muito afastado do rio e foi sem dúvida um dos melhores restaurantes Italianos a que fui até hoje. Visual ultra cuidado, quase gay, pizzas muito boas com bom vinho da casa e ambiente com classe quase a roçar o requinte! A voltar sempre que for para aqueles lados. Melhor para jantar!



Ainda no restaurante e sendo véspera do dia dos namorados à força… ou dia à força dos namorados… melhor dizendo… tínhamos preparado para as nossas mártires um número surpreendente de rosas brotando da braguilha… mas depois de ver o tamanho dos espinhos resolvemos em cima da hora dar as flores dentro da caixa de chumbo para não comprometer logo naquela noite a maratona.

Regressados ao hotel, foi tempo de 2 dedos de conversa no hall do hotel para descontrair da pressão pré-quarto… eu ainda só tinha a cabeça no tamanho daquela cama … e lá subimos… comigo a bater o recorde do hotel do piso 0 ao piso 3!

quinta-feira, fevereiro 11, 2010

PRÉ-MARATONA DE SEVILHA - A ESTREIA...

Pois é... e de repente...

- Tá lá!?
- Oi!?
- Uma maratona?!?
- Aahhhh... a correr? Tem diferença para o BTT?
- Quando?
- Depois de depois de amanhã???
- Mas...
- ... e isso ainda dá tempo de preparar, ou achas que era preciso mais dias?
- Dá tempo? Fixex!
- Ahhh dá tempo porque agora nestes 2 dias já é só para descansar... epá aí então já trago vantagem... cansado é coisa que não estou... a não ser do trabalho... e putos... e TVIs...


Depois de vir desta 1ª experiência da maratona terei uma semana de hospital para debitar as emoções num post dedicado e especial!

Até láááááá....

segunda-feira, fevereiro 08, 2010

segunda-feira, janeiro 18, 2010

CORRIDA DO CAMARNAL 2010 (FOTOS)

Mais uma manhã bem passada.

Saí de casa de bike para aquecer as pernas, e depois a partir de Alenquer a pé para mais uma sessão fotográfica com estes modelos negativos (negativos de fotografia :P, mas positivos haviam lá 1 ou 2)...

Depois e para ganhar kms para a Maratona de Sevilha que se avizinha perigosamente, fiz ainda mais uma sessão de 1 hora a pastar a vaca. (expressão usada pelo meu Mister, que nem sequer ouso em lhe perguntar de onde saiu.

Fotos do carrossel aqui e aqui!