quinta-feira, março 31, 2005

AS VOLTAS MAIS RÁPIDAS DOS HBTs

Pois é, há coisas que não se conseguem mudar na vida, e uma delas e "quiçá" a mais relevante é a que eu sou rápido! Muito Rápido! Mesmo quando não é esse o meu objectivo...

Senão vejamos os tempos correspondentes à volta mais rápida que cada uma das tartaru...colegas de equipa efectuou:

Jesus - "infinito +" - 0 volta
President - 1:00:37 - 1ª volta
Brandão - 0:57:08 - 1ª volta
Dario - 0:50:50 - 2ª volta
Nogat - 0:48:05 - 1ª volta

Até aqui nada de novo a não ser a melhoria óbvia do Brandinho em relação a um passado recente. Mas quando vou ver, e apenas por curiosidade, a minha volta mais descontraída encontro a seguinte marca:

Ricardo - 0:47:44 - 2ª volta

Porra, é que nem quando vou passear ao campo consigo andar devagar... ele há coisas que não mudam!

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terça-feira, março 29, 2005

6 HORAS DE GRÂNDOLA - O RELATO

Mais uma prova mais uma viagem...

As "6 horas de Grândola" neste momento, e sem qualquer tipo de parcialidade, é a melhor prova
organizada em Portugal (a par talvez da mítica Portalegre, que tem este ano, e a meu ver,
um preço demasiado elevado para quem como eu só queria lá ir fazer o percurso).

Pavilhão é espera dos participantes para fazer o check in ás bikes - este será o único ponto por onde alguém pode pegar. Se para o ano este check in for feito na zona da prova, então aí será perfeita - ainda assim, tudo muito bem explicado, incluíndo um mapa com o caminho a tomar para o local da prova.

Chegados ao local da prova, a nossa alma fica parva com tamanha demostração de empenho e organização por parte dos elementos do Rodas Clube. Fazia lembrar uma qualquer prova do circuito mundial, com os carros, perdão, os stands de apoio aos atletas desfilados ao longo da volta de consagração, não faltando sequer uma excelente ponte de madeira por onde os atletas ora passavam por baixo ora passavam por cima, e onde os fotografos puderam tirar algumas boas fotografias (principalmente aquelas em que eu apareço).

Haviam apoios para todos os gostos, desde a simples namorada a trocar bidons, até esquemas
avançados de apoio com lubrificação em andamento e massagens :)

A minha equipa, Holmes Bike Team (HBT), fez deslocar ao local, um especialista no mundo das 2 rodas, que para além de me ter de dar apoio, teve ainda de o fazer a mais 6 colegas meus e a 1 esquizofrénico que nós adoptados no seio da nossa equipa, e que deixou uma lista ao nosso apoio com cerca de 32 páginas de pedidos especiais e recomendações, desde os miligramas de isostar em cada 100 ml de água destilada, até à diferença ao segundo dos 30 atletas que seguem à frente e dos 50 atrás em cada volta... é doente, temos que lhe dar esse desconto!

Depois de fazer todas aquelas coisas que se devem fazer no dia anterior, tais como encher os
pneus, afinar travões e afins, lá fui colocar a bike no lugar ideal para quem, como eu, quer partir logo na cabeça da corrida. Guardei o mateiral que me ajudou nos cálculos para o ponto de saída
ideal, e juntei-me ao resto da equipa na zona do breefing.

Ponto alto do breefing: "QUEM MANDA NESTA PROVA SOMOS NÓS E NÃO OS 'SENHORES' DA FEDERAÇÃO!!!
clap clap clap

Por acaso gostaria de saber o que se passou para que palavras como estas tenham sido proferidas, inclusivé com membros da federação presentes, eu tenho as minhas suspeitas...

Terminado o breefing, lá nos posicionamos todos na linha de partida, cada um com a sua bike na retina, excepto eu que tinha uma bike de 5000 e muito euros na minha retina, e que obviamente não era a minha. Sorte a do dono, ter lá chegado antes...

Ainda houve alguma confusão antes do tiro de partida, uma vez que a arma da organização era
demasiado parecida com um revólver a sério, e os elementos da Federação da Volta a Portugal,
por causa disso, fizeram alguns reféns dentro do autocarro estacionado próximo da meta...

TUDO PRONTO??? PAAAAAMMMMMM

Devido à minha larga experiência em duatlos (1 participação) assumi desde logo as despesas da
corrida. Não, não parti na frente, assumi mesmo as despesas da corrida e prometi que passava o
cheque no final...

Devo ter saído da batedeira e entrado na 1ª volta para aí nos 30 primeiros, e o 1º single track foi feito a ritmo calmo, pelo menos a julgar pela cara dos outros, e não houve grandes hipóteses de ultrapassagens nesta parte.

Chegado á zona da maior subida, não terei perdido mais de 20 lugares, o que mostra bem da
maturidade ds nossos maratonistas, que já não se metem à maluca a dar tudo no início e depois
passados uns quilómetros estão "Ó mãe, Ó Tio..." - (para quem não percebeu eu estava a falar
de mim...)

A 1ª subida custa mas não perco lugares, e logo se inicia a descida, toda ela feita com elegância, agelidade, destreza, força, concentração e aproveitando cada milimetro que o single track tinha para oferecer... lembro-me de passar pelo menos 1 pessoa!

Cheguei depois aquele trilho junto à vedação, com algumas partes trialeiras, e onde mais uma vez a organização mostrou não esquecer nenhum pormenor, ao colocar numas pedras mais escorregadias que haviam pelo caminho, umas tábuas para não escorregarmos ao passar a pé com a bicicleta ás costas, impecável...

Seguiu-se depois mais uma zona rápida com alguma lama à mistura a fazer a delícia do meu pneu traseiro IRC Arregássor... e também do penu dianteiro Michelin Ondéquides... este um pouco mais gasto. Mantive a mesma classificação nesta parte, e até estranhei já estar tudo tão separado. Ou cairam atrás de mim e fizeram tipo um tampão ou eu estou a andar como o caraças - pensei eu.

A seguir apanhava-mos aquela subida que ia inclinando e depois tinha mais 2 topositos colados,
que foi aquela onde mais tempo passei... não por subir muito devagar, mas sim por subir mesmo
muito devagar... e era quando subia! Toda a gente deve ter em algum momento da prova reparado naquele rapaz de camisola branca e laranja que insistia em descansar, deitado, no meio da subida.

Imediatamente a seguir á subida tínhamos a descida potencialmente mais complicada (não para
mim claro, que sou ainda mais bonito a descer), e onde passei 5 vezes (sóóóóóóóóó) sem cair.

O resto, e praticamente até ao final, era a rolar a mais de 12 km/h com os cabelos ao vento. Existia depois já no "recinto" da consagração, uma rampazita que dava acesso á "Ponte Cavalo/Égua" que fez a delícia deste que vos escreve. Pena foi não terem tirado fotos. Não sei se já disse mas eu sou mesmo bom. Já disse? Ok. E é verdade!

Voltando um pouco atrás, mas já naquela última zona rolante, encontrei um colega de equipa, o
Jesus, que corajosamente e só como ele sabe fazer, se auto-motilou assim que pressentiu a
minha aproximação. Era escusado Jesus, eu sei travar e nunca te iria aleijar ao passar por
ti...tss tss

Mais ou menos nessa altura fui apanhado (a 1ª vez) pelo Prof.Dário que com tanto treino só
agora tinha apanhado um gajo que foi à bola - eu.

Devo ter passado no final da 1ª volta em 50º da geral... nada mau!

A partir daqui começaram as cãimbras e foi ir perdendo lugares até ao 100º lugar,
classificação que atingi no final.

Pelo meio passaram por mim, primeiro a Célia, depois a Catarina e por fim a simpática Sónia
que ainda acompanhei uns 10 metros :)

Levei 1 volta de avanço de 2 colegas de equipa que não andam nada (mas mesmo nada...aí se eu
treinasse 1 vez por semana...), e fiquei atrás do meu Presidente que mesmo com o Dossier da
equipa me conseguiu dar mais de 1 minuto no final...

Resultado final da minha equipa, HBT - Holmes Bike Team:
Prof. Dario - 32º (chegou à meia noite)
Nogat - 44º (vomitou-se todo)
Brandão - 55º (1 hora depois de acabar, não conseguia respirar e mastigar ao mesmo tempo)Presidente - 99º (Deixei-o ganhar)
"O Grande Ricardo" - 100º (no final, fazia mais 60 horas)
Jesus - ? Braço deslocado ?
Carlão - Arranhão hiper-superficial no dedo mindinho - desistiu...

Organização 40 estrelas, para o ano estou lá para lutar pelos lugares da frente... juro!!!

PARABÉNS A TODOS QUANTOS ORGANIZARAM E/OU PARTICIPARAM NESTE DIA MEMORÁVEL!!!
VIVA GRÂNDOLA!
VIVA O BTT!
VIVA O RICARDO!

quarta-feira, março 16, 2005

OBJECTIVOS PARA AS 6 HORAS DE GRÂNDOLA

Como vai ser a primeira vez que vou participar nesta prova, não tenho bem a noção do tipo de percurso/terreno vou apanhar.

Portanto não vou definir os meus objectivos em termos de kms ou média de km/h, mas sim de objectivos um pouco mais vagos.

OBJECTIVOS:

1º Chegar ao fim
2º Chegar ao fim a pedalar
3º Chegar ao fim à frente de todos os meus colegas HBT's
4º Chegar ao fim na mesma volta do 1º
5º Chegar ao fim nos 10 primeiros classificados
6º Chegar ao fim nos 3 primeiros classificados
7º Chegar ao fim em 1º
8º Dar 1 volta de avanço ao 2º classificado

Pronto acho que mais do que isto era estar a definir objectivos pouco credíveis.

R

segunda-feira, março 07, 2005

ESTREIA EM DUATLOS

Duatlo Sprint Contra Relógio de Grândola, dia 6 de Março de 2005
5 Km - 20 km - 2.5 km

CLASSIFICAÇÃO GERAL: 78º Lugar (em 153 atletas à partida) com 1h10'07''

Pois é pessoal,
lá fui a Grândola para mais um treino (sim, que eu agora só treino nas provas), juntamente com TODAS as figuras do Duatlo/Triatlo em Portugal, e onde deu para perceber o que ainda tenho que trabalhar para conseguir subir alguns lugares nas classificações.

A prova era em contra-relógio, pelo que a partida dos atletas era feita individualmente a cada 30''.

O nome Dario Teixera, foi muito comentado na Vila alentejana, uma vez que esse gajo nunca mais aparecia à chamada.

Sem fazer aquecimento, até porque a 1ª corrida queria fazer em ritmo crescente para ver como me sentia, lá esperei na fila a minha vez de começar, mas sem grandes nervosismos.

5 , 4 , 3 , 2 , 1 - PARTIDA!!! Que emoção!

Dei início á minha prova e depressa me esqueci do que tinha planeado, quais ritmo crescente, ou melhor até foi crescente mas começei foi logo nos 100%...

O percurso da corrida era duríssimo com duas subidas bem pronunciadas e feitas sobre algum calor (era 15 h), e em que na maior parte do percurso os corredores se cruzavam, uns a ir e outros de regresso. Davam-se duas voltas, e penso ter feito mais ou menos sempre ao mesmo ritmo e sempre muito acima das minhas capacidades :)

Acho que passei por cerca de 4 ou 5 atletas nestes primeiros 5 km.

Entro no parque de transições (PT) em esforço, e rapidamente troco de tenis e faço-me à estrada, devo ter levado menos de 1 minuto :)

Começo a pedalar e rapidamente concluo que é na bicicleta que eu me sinto mais à vontade, respira-se melhor!

O troço era feito por fora de Grândola na estrada nacional e variante, que tinha cerca de 6,5 km e no qual se faziam 3 voltas, e que incluia uma longa subida com 1,5km, sempre feita contra o vento forte que se fazia sentir, e muito dura para quem vai a dar tudo por tudo.

Passei cerca de 5 ou 6 atletas, e na última volta, durante a subida, começei a sentir algumas picadas (ameaços de cãimbra), mas mesmo assim resolvi não abrandar para ver se depois na recta para a meta me passava...

Chego então novamente ao PT e quando desmonto, TAUUUU, aí estão elas as minhas fatídicas cãimbras... fui a coxear até ao meu lugar mas sem chorar (um homem não chora CAR$%#$") e tentei calçar os tenis, tendo estado nesse processo de tentativa/erro durante mais de 2 minutos :)

Quando me consegui calçar, saí do PT, mas ainda fui cerca de 500 m a andar ou a trote, tendo depois relaxado um bocado, para fazer o restante percurso em crescendo e acabar ao sprint já com o pulsómetro a dizer aos berros "Não tenho mais cascaracteres!!!!"

E pronto, gostei muito da experiência, e no próximo duatlo sprint no Cadaval, bem pertinho de casa, lá estarei. Pelo que sei tem uma secção de ciclismo demolidora.

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