quinta-feira, fevereiro 08, 2007

DUATLO DO JAMOR






E lá começou mais uma época de duatlos e trialtos com este Duatlo do Jamor! Epá espera... vou já colocar aqui a classificação habitual, porque nesta não me posso mesmo esquecer!

Percurso: 9
Marcação: 10
Abastecimentos: 8
Assistência: 10
Dificuldade Física: 7
Dificuldade Técnica: 5
Extras: 9
Preço/Qualidade: 9

GERAL: 9



Se tivesse de adjectivar esta prova numa palavra escolheria... Mamas!

Quer dizer, esta palavra nem sequer tem muito a ver com a prova em si, mas como acho que não consigo adjectivar apenas com uma palavra, resolvi escrever esta que assim como assim é agradável... mas não tem nada a ver!

Bom, acordei de manhã... abro a janela... nevoeiro cerrado... "menos mal" pensei... "assim os da frente não podem ir a todo o gás! Mas deve estar fresco" Lá visto o fatinho gay, a fazer lembrar uma peça de carne embrulhada no vácuo, e por cima o fato de treino de ir ao Pingo Doce aos Domingos, e saio de casa para ir buscar o Paulo do Carmo a Famalicão! Caaaaaaaaaaaaalma... não acordei assim tão cedo... Famalicão mas ali em Loures...

Chegamos ao Estádio Nacional, deviam ser umas 8h45, tendo tempo de sobra para andar por lá a pastar e arranjar umas 300 vezes os sapatos e o capacete, e a bicicleta, e os sapatos, e o capacete...e por aí fora até estar quase atrasado para a partida!

Faltavam 10 minutos para o tiro, quando iniciamos a corridinha ligeira para aquecer, enquanto Lino’s e companhia faziam o favor de criar uma espécie de passadeira rolante de vento, em forma de círculo, que nos levava da meta até ao início da curva lá em baixo e nos trazia de volta à meta. Houve alturas em que inclusivamente tive de travar, tal era a força da corrente.

PIMBA! Soa o tiro, e os campeões (a sério e os lá da rua) desatam a correr como se não houvesse aanhã... certamente também devido ainda à corrente que se fazia sentir! Parto na minha tranquilidade ofegante, e quando cortamos à direita no portão, deveria ir nos 100 primeiros, já que também estava bem colocado à partida (e sei que fiz o 59º melhor tempo do 1º segmento). No gancho ao fundo do lago, vejo a Vanessa já do outro lado, uns 100m ou 200m à frente, e quando vou no sítio onde tinha visto a Vanessa, vejo que o Paulo estava no sítio onde eu estava quando vi a Vanessa. Perceberam?!?

Neste 1º segmento, fui naquele ritmo super ao máximo, mas com aquela sensação (em casa depois de dormir 16h) que podia ter ido mais depressa se quisesse... Não me recordo bem de passar na zona da meta para iniciar a 2ª volta (devia de ir com os olhos fechados devido ao esforço), mas recordo-me durante esta 2ª volta de reparar que o pessoal com quem eu ia, no ano passado andava bem à minha frente, o que atesta que o investimento nas corridinhas durante o Inverno deram os seus frutos. Basicamente, passei de “atleta” de 21/22 minutos aos 5km, para atleta dos 18/19. Faz diferença parecendo que não...

Chego à 1ª transição logo atrás de um atleta do tri-oeste, e não tive dificuldades (desta vez) em encontrar a minha bike junto às outras 4 ou 5 dos colegas do Belém que também vieram à prova, entre eles o Bruno Grilo, atleta já com algum nível (menos no BTT apesar de ter feito menos tempo que eu eheh)!

Lá troco de ténis (NOTA: Tenho de comprar uns ténis de btt um número acima e só com 2 velcros), ponho o capacete e começo a correr naquele passo de quem vai a pisar pedras quentes. Assim que me monto na bicicleta, o cansaço fica para trás, não que ele deixe de existir, mas gosto tanto de btt que me esqueço da dor J

Assim que entravamos na terra, tínhamos logo a maior dificuldade de todo o percurso, e que era uma subida curta mas algo inclinada e em crescendo, que para os menos habituados ao btt seria um pouco mais difícil de digerir, sobretudo pela inexperiência com as mudanças, que no btt fazem diferença quando lidadas com a Mestria de 12º Dan da minha pessoa. Era vê-los desmontar, ou pela inclinação, ou por não terem conseguido “tirar” as mudanças antes de já ser tarde demais! Só nesta subida devo ter ultrapassado uns 10 atletas (penso que neste segmento fiz o 33º melhor tempo).

O percurso para além desta subida, tinha lá em cima uma espécie de carrossel em ciclo infinito muito porreiro, com zonas de estradão com terra e musgo e outras de trilhos no meio das árvores. Depois passava-se lá para o outro lado do estádio (com uma pocinha de lama pelo meio), mais um subidazinha suave, uma descida um pouco mais inclinada, e chegávamos novamente ao estádio, onde tínhamos a passagem pela Tribuna Presidencial, onde à saída na primeira volta estavam cerca de 1700 fotógrafos. Como foi precisamente aqui que me aproximei do Vanessa “Mito Vivo 2” Fernandes (o Mito Vivo 1 sou eu claro), o som dos disparos das máquinas, fizeram-me regressar aos meus tempos do Ultramar e atirei-me para o chão num movimento tigresco, desmontantando as rodas no ar e recolhendo todo o material atrás de mim, como de resto costumava fazer na Guiné com as latas de Atum para que os meus colegas esfomeados não me as comessem...

Continuando... ainda antes do final tínhamos umas descidas com gravilha (por onde passei pela Vanessa) que queria levar o corpinho inteiro para o estágio, e entravamos novamente na zona da meta, onde já tinha chegado a famelga para as fotos que apresento em cima.

Depois foi outra volta, onde já perto do final me começaram a chegar as minhas típicas caímbras. Assim, abrandei um pouco o ritmo (dos 46’, 22’ foram na 1ª volta e 24’ na segunda), para que quando chegasse à zona de transição não fizesse a figura que fiz no duatlo de Grândola, em que estive 3 minutos na zona de transição, deitado no chão, agarrado às pernas, com as miúdos de 10 anos a atirarem-me pedra para cima e a rirem-se!!! Não foi assim mas foi quase, já que ao trocar novamente de ténis e como tinha apertado demasiado os elásticos, tive de fazer uma força do catano para conseguir enfiar os pés inchados naqueles sapatinhos de princesa... era com uma mão a fazer de calçadeira e outra a segurar o gémeo para não saltar!!!

Saio do parque (quase 1’ depois...mãezinha), e começo a correr devagar para que não me desse nenhuma caímbra ali à frente de toda a gente. Passo pela água, bebo um bocado e quando vou a entrar no percurso TAU!!! Caímbra!!! Tive de parar, esticar as pernas, e voltar a correr aos saltinhos e com um dos gémeos completamente presos... passa o tal parceiro do tri-oeste que tinha chegado à minha frente na 1ª corrida e o Fernando Feijão. Faço um esforço descomunal para seguir atrás deles e ao chegar ao cotovelo lá mais à frente, já as pernas se tinham soltado e conseguia correr normalmente! A partir daí segui atrás do Feijão até final (o homem tem cá uma pedalada) e ainda consegui passar 1 ou 2 pelo caminho...

Resultado: 1h17’23’’ terminando em 38º da Geral e tendo feito provavelmente o melhor resultado que alguma vez vou conseguir :P

Grande Prova esta! Para o ano caso se realize, estarei lá outra vez e com mais pessoal.

O amigo Paulo do Carmo, chegou alguns minutos depois, com um sorriso na cara, e terminou com uma prova muito regular, principalmente para quem se estriava e num percurso ainda assim com alguma exigência (no btt).

Próximas: Duatlo das Lezírias – Vila Franca Xira – 18 de Fevereiro
G. P. Do Atlântico (10km) – Costa de Caparica – 25 de Fevereiro

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