domingo, fevereiro 25, 2007

8º G. P. do Atlântico

25 de Fevereiro - G.P. do Atlântico

Segue já a classificação da prova...

Percurso: 6
Marcação: 8
Abastecimentos: 6
Assistência: 8
Dificuldade Física: 7
Dificuldade Técnica: 1
Extras: --
Preço/Qualidade: 6

Geral: 6

E pronto... finalmente, ao fim de mais de 2 anos, bati o meu anterior record numa prova de 10km (era de 40'47'' cumprido na Corrida do Tejo), e fiz 38'40'' ficando na 64º da geral de entre 917 atletas que terminaram.

A não participação em provas oficiais desta distância nos últimos tempos, impediram-me de o conseguir mais cedo, uma vez que em provas quer mais curtas, quer mais longas, fui tendo ritmos que indicavam que seria capaz de baixar dos 40'... só faltava mesmo confirmar!

De resto a #1, equipa da qual faço parte, ficou em 27º de entre 70 equipas com 4 ou mais atletas (número mínimo de atletas para o tempo da equipa ser considerado).

Fui para a prova na companhia de 4 #1's, juntamo-nos a mais um que lá estava, e cada um deles com uma história para contar:

  • Paulo do Carmo - possivelmente o gajo com mais horas de treino em ginásios , e que ainda continua vivo
  • Luis De Las Gambas - homem habituado a mexer nas bolas com as mãos desde tenra idade...
  • Bruno Barran - o gajo com mais Audis no país...
  • Nuno Oliveira - o peso-pesado do atletismo
  • Pedro Almeida - o apostador de serviço (aposta sobretudo nas corridas de éguas)

E chegados ao local de partida, fazemos o levantamento dos dorsais (neste momento basta o Paulo olhar para a secretaria e logo vem pelos ares um envelope com os nossos dorsais...), um pequeno aquecimento, a respectiva mijinha e posicionamo-nos perto dos lugares da frente para não ter de andar aos zig-zags no início.

Tudo a postos, carro com o "0:00:00" a pedir para começar e PIMBA... tudo a correr...

Os 4 primeiros kms foram anormais para mim, já que conseguia ver ainda o carro do relógio e os primeiros atletas, ainda que cada vez mais longe, (1ºkm a 3'17'', 2º a 3'34'', 3º a 3'47'' e 4º a 3'52'') mas resolvi atacar logo no início pois sabia que se quisesse manter o ritmo abaixo dos 4'/km teria de tentar fazer bons kms enquanto as pernas ainda estavam frescas...

A partir do 4ºKm comecei a abrandar um pouco pois sabia que não aguentaria aquele ritmo durante toda a prova, e se não quisesse quebrar completamente teria de ser ali a partir do km4 que a coisa tinha de começar a ser gerida.

A longa recta traseira (com uma certa inclinação ascendente) e com partes em empedrado, acabaram com qualquer hipotética sensação de conforto, e começou o verdadeiro sacrifício. Chegamos novamente à avenida principal, para cortar à direita numa zona que subia um pouco mais e em que dava para controlar o ritmo dos primeiros atletas. Contornei a rotunda e iniciava-se a descida, que devido ao estado físico, já não trouxe grande benefício em termos de velocidade. Durante a descida ainda vi passar do outro lado o Paulo Carmo que vinha perto e com bom ar (viria também a bater o seu record pessoal na distância por 2' com 41' e poucos segundos no final).

Desci tudo o que havia para descer e iniciou-se a recta de regresso, vejo também o Nuno Oliveira um pouco mais tarde, também ele a bater o seu record pessoal em mais de 2', quando avisto a placa dos 8km (os últimos 4 km tinham sido então cumpridos sempre marginalmente acima dos 4', o que não "agoirava" nada de bom...), e fico com a sensação que da placa até à meta não pareciam 2km "...mas tá bem..."!!!

Nisto vejo pessoal a passar do outro lado em sentido contrário com um andamento como deve ser, e penso cá para mim " olha estes ou adormeceram, ou estão a a tentar bater o record da 2ª metade da prova....", mas poucos metros mais à frente percebo o porquê daqueles ritmos... É que eram os atletas da frente, que já tinham dado a volta a outra rotunda e regressado para trás... logo agora que eu já estava psicologicamente a pensar na meta ali à frente...

Fui portanto a chorar o resto do caminho e a tentar não vomitar de esforço, para tentar conservar os segundos ganhos nos primeiros kms e assim conseguir atingir o objectivo dos menos de 40'... (os últimos 2km foram feitos em 3'55'' e 3'50'' respectivamente).

Cruzei a meta com a sensação que não conseguiria tirar nem mais 5'' ao tempo feito, o que é excelente... quer dizer que dei mesmo tudo o que tinha para dar ;)

No próximo domingo realiza-se em Grândola a primeira prova da Taça Nacional de Duatlo, sendo que a mesma se disputa em sistema de Contra-Relógio, com os atletas e "atletas" a partir a cada 30'' , e efectuando o percurso sem recurso a "rodas"...

terça-feira, fevereiro 20, 2007

XI DUATLO DAS LEZÍRIAS

18 de Fevereiro de 2007 - DUATLO DAS LEZÍRIAS



Percurso: 7

Marcação: 10

Abastecimentos: 7

Assistência: 7

Dificuldade Física: 7

Dificuldade Técnica: 3

Extras: 7

Preço/Qualidade: 7

GERAL: 7

Vamos lá a ver, eu dei 7 valores à prova mas aquilo é bem divertido e é sem dúvida a melhor prova para quem se quer iniciar nestas lides, já que o percurso é totalmente plano (apesar do vento que normalmente se faz sentir...).

Resumo dos acontecimentos:

Cheguei juntamente com a esposa, para a sua estreia em duatlos (espero que não tenha sido ao mesmo tempo a última prova da sua ainda não muito longa carreira de duatleta), e fomos levantar o respectivo dorsal.

Tudo muito bem organizado e tal, fomos montar as bikes, voltamos e fomos colocar as bikes na zona de transição. Não vi quase colegas nenhuns do Belém (uma outra cara menos conhecida, como aliás dever ser a minha para eles...), mas encontrei alguns conhecidos destas e de outras andanças.

Fomos para trás da meta fazer o aquecimentozinho do costume, 1 recta e dois saltos de joelhos ao peito com todá força... (acho que no 2º salto parti 2 costelas), e para finalizar o respectivo alongamento dos pulsos para que o sprint inicial entre o público tenha a amplitude de braços que merece.

Ainda fui fazer a mijinha da praxe junto ao arame farpado, e dirigi-me de seguida para uma zona perto dos prós para aproveitar o efeito de sucção inicial e com isso passar junto ao público parecendo um deles...

Dei as dicas finais à esposa, ou seja, disse-lhe para se encostar sempre à berma porque aquilo quando os gajos da frente nos apanham, é pior do que ir numa bicicleta na faixa do meio da auto-estrada... they brake for no one...

Pronto! Tudo preparado, vamos lá a andar com isto... PUM!!!

Primeiros metros a tentar não pisar, nem ser pisado, como de costume, e lá me meto atrás de um colega de equipa pelo lado direito para ver se fujo à molhada. Saímos da zona do público e lá começa verdadeiramente a prova onde aproveito para ver quem vai ali perto de conhecido... vejo o Sr. Feijão da Halcon que tinha ficado mesmo à minha frente, no Jamor, e resolvi tentar segui-lo apesar de saber que ele corre mais... depois vejo a Anais e digo para mim... hmmm uma campeã do mundo... isto deve dar fotos quando chegar ao pé do público... (o ano passado tinha sido a Bárbara) este ano vai a Anais... e lá vou umas vezes à frente outras vezes atrás, mas sempre por ali....

Primeira volta... ao bidon... e sigo na roda da Anais e da Joana Marques entre outros atletas masculinos. Na segunda volta tudo na mesma, mas sinto que ou os gajos da frente vão mais devagar ou eu vou substancialmente mais rápido do que no ano passado... já que os apanhei bem mais longe do público e a diferença de velocidades não parecia assim tanta... (ya... 15' para 19', são só 4' o que é que é isso...).

Chego à zona de transição colado à Anais, que tem um ou dois ataques cardíacos quando percebe que a bicicleta dela tá... onde ela não está... e desata aos palavrões, o que me ajudou a sair dali, porque como bom menino que sou, não posso ouvir palavras feias do tipo "FODASSE Ó CARALHO..." e coisas assim... fuiiiiiiiiii

Bom.... assim que este menino se mete a pedalar... uiiiiiii era vê-los a passar.... para trás claro!

Senti-me sempre muito bem na bike, e fui apanhando grupos, cooperando e seguindo para o grupo seguinte. Mais para o fim apanhei um tal de Serrazina completamente ensanguentado de uma queda colectiva segundo consegui perceber, e da qual ficou um rapaz para trás... (já no início, parece que alguém se atirou à agua... e nem sequer estava assim tanto calor...). Eu, o Serrazina, um espanhol e mais uns 2 ou 3, viemos mais ou menos desde aquele penúltimo troço com mais pedra, sempre juntos e a apanhar pessoal... até chegar novamente à zona de transição.

Saí para o ciclismo em 66º e cheguei do ciclismo em 34º.

Faço a transição muito rapidamente e saio para a corrida, não tendo até final nenhuma cãimbra, mas sentido no regresso da corrida uma quebra não muscular mas mesmo de fome :)... mas consegui aguentar mais ou menos o ritmo até final, só sendo passado pelo Serrazina já perto da ponte.

Acabei em 35º com 1h10'38'', quase menos 2'30'' do que no ano anterior, muito graças ao progresso na corrida, com as médias:

1ª corrida: 3'46''/km

Bicicleta: 32.8 km/h

2ª corrida: 3'52''/km

NEXT: G.P. Atlântico (10km de atletismo)

quinta-feira, fevereiro 08, 2007

DUATLO DO JAMOR






E lá começou mais uma época de duatlos e trialtos com este Duatlo do Jamor! Epá espera... vou já colocar aqui a classificação habitual, porque nesta não me posso mesmo esquecer!

Percurso: 9
Marcação: 10
Abastecimentos: 8
Assistência: 10
Dificuldade Física: 7
Dificuldade Técnica: 5
Extras: 9
Preço/Qualidade: 9

GERAL: 9



Se tivesse de adjectivar esta prova numa palavra escolheria... Mamas!

Quer dizer, esta palavra nem sequer tem muito a ver com a prova em si, mas como acho que não consigo adjectivar apenas com uma palavra, resolvi escrever esta que assim como assim é agradável... mas não tem nada a ver!

Bom, acordei de manhã... abro a janela... nevoeiro cerrado... "menos mal" pensei... "assim os da frente não podem ir a todo o gás! Mas deve estar fresco" Lá visto o fatinho gay, a fazer lembrar uma peça de carne embrulhada no vácuo, e por cima o fato de treino de ir ao Pingo Doce aos Domingos, e saio de casa para ir buscar o Paulo do Carmo a Famalicão! Caaaaaaaaaaaaalma... não acordei assim tão cedo... Famalicão mas ali em Loures...

Chegamos ao Estádio Nacional, deviam ser umas 8h45, tendo tempo de sobra para andar por lá a pastar e arranjar umas 300 vezes os sapatos e o capacete, e a bicicleta, e os sapatos, e o capacete...e por aí fora até estar quase atrasado para a partida!

Faltavam 10 minutos para o tiro, quando iniciamos a corridinha ligeira para aquecer, enquanto Lino’s e companhia faziam o favor de criar uma espécie de passadeira rolante de vento, em forma de círculo, que nos levava da meta até ao início da curva lá em baixo e nos trazia de volta à meta. Houve alturas em que inclusivamente tive de travar, tal era a força da corrente.

PIMBA! Soa o tiro, e os campeões (a sério e os lá da rua) desatam a correr como se não houvesse aanhã... certamente também devido ainda à corrente que se fazia sentir! Parto na minha tranquilidade ofegante, e quando cortamos à direita no portão, deveria ir nos 100 primeiros, já que também estava bem colocado à partida (e sei que fiz o 59º melhor tempo do 1º segmento). No gancho ao fundo do lago, vejo a Vanessa já do outro lado, uns 100m ou 200m à frente, e quando vou no sítio onde tinha visto a Vanessa, vejo que o Paulo estava no sítio onde eu estava quando vi a Vanessa. Perceberam?!?

Neste 1º segmento, fui naquele ritmo super ao máximo, mas com aquela sensação (em casa depois de dormir 16h) que podia ter ido mais depressa se quisesse... Não me recordo bem de passar na zona da meta para iniciar a 2ª volta (devia de ir com os olhos fechados devido ao esforço), mas recordo-me durante esta 2ª volta de reparar que o pessoal com quem eu ia, no ano passado andava bem à minha frente, o que atesta que o investimento nas corridinhas durante o Inverno deram os seus frutos. Basicamente, passei de “atleta” de 21/22 minutos aos 5km, para atleta dos 18/19. Faz diferença parecendo que não...

Chego à 1ª transição logo atrás de um atleta do tri-oeste, e não tive dificuldades (desta vez) em encontrar a minha bike junto às outras 4 ou 5 dos colegas do Belém que também vieram à prova, entre eles o Bruno Grilo, atleta já com algum nível (menos no BTT apesar de ter feito menos tempo que eu eheh)!

Lá troco de ténis (NOTA: Tenho de comprar uns ténis de btt um número acima e só com 2 velcros), ponho o capacete e começo a correr naquele passo de quem vai a pisar pedras quentes. Assim que me monto na bicicleta, o cansaço fica para trás, não que ele deixe de existir, mas gosto tanto de btt que me esqueço da dor J

Assim que entravamos na terra, tínhamos logo a maior dificuldade de todo o percurso, e que era uma subida curta mas algo inclinada e em crescendo, que para os menos habituados ao btt seria um pouco mais difícil de digerir, sobretudo pela inexperiência com as mudanças, que no btt fazem diferença quando lidadas com a Mestria de 12º Dan da minha pessoa. Era vê-los desmontar, ou pela inclinação, ou por não terem conseguido “tirar” as mudanças antes de já ser tarde demais! Só nesta subida devo ter ultrapassado uns 10 atletas (penso que neste segmento fiz o 33º melhor tempo).

O percurso para além desta subida, tinha lá em cima uma espécie de carrossel em ciclo infinito muito porreiro, com zonas de estradão com terra e musgo e outras de trilhos no meio das árvores. Depois passava-se lá para o outro lado do estádio (com uma pocinha de lama pelo meio), mais um subidazinha suave, uma descida um pouco mais inclinada, e chegávamos novamente ao estádio, onde tínhamos a passagem pela Tribuna Presidencial, onde à saída na primeira volta estavam cerca de 1700 fotógrafos. Como foi precisamente aqui que me aproximei do Vanessa “Mito Vivo 2” Fernandes (o Mito Vivo 1 sou eu claro), o som dos disparos das máquinas, fizeram-me regressar aos meus tempos do Ultramar e atirei-me para o chão num movimento tigresco, desmontantando as rodas no ar e recolhendo todo o material atrás de mim, como de resto costumava fazer na Guiné com as latas de Atum para que os meus colegas esfomeados não me as comessem...

Continuando... ainda antes do final tínhamos umas descidas com gravilha (por onde passei pela Vanessa) que queria levar o corpinho inteiro para o estágio, e entravamos novamente na zona da meta, onde já tinha chegado a famelga para as fotos que apresento em cima.

Depois foi outra volta, onde já perto do final me começaram a chegar as minhas típicas caímbras. Assim, abrandei um pouco o ritmo (dos 46’, 22’ foram na 1ª volta e 24’ na segunda), para que quando chegasse à zona de transição não fizesse a figura que fiz no duatlo de Grândola, em que estive 3 minutos na zona de transição, deitado no chão, agarrado às pernas, com as miúdos de 10 anos a atirarem-me pedra para cima e a rirem-se!!! Não foi assim mas foi quase, já que ao trocar novamente de ténis e como tinha apertado demasiado os elásticos, tive de fazer uma força do catano para conseguir enfiar os pés inchados naqueles sapatinhos de princesa... era com uma mão a fazer de calçadeira e outra a segurar o gémeo para não saltar!!!

Saio do parque (quase 1’ depois...mãezinha), e começo a correr devagar para que não me desse nenhuma caímbra ali à frente de toda a gente. Passo pela água, bebo um bocado e quando vou a entrar no percurso TAU!!! Caímbra!!! Tive de parar, esticar as pernas, e voltar a correr aos saltinhos e com um dos gémeos completamente presos... passa o tal parceiro do tri-oeste que tinha chegado à minha frente na 1ª corrida e o Fernando Feijão. Faço um esforço descomunal para seguir atrás deles e ao chegar ao cotovelo lá mais à frente, já as pernas se tinham soltado e conseguia correr normalmente! A partir daí segui atrás do Feijão até final (o homem tem cá uma pedalada) e ainda consegui passar 1 ou 2 pelo caminho...

Resultado: 1h17’23’’ terminando em 38º da Geral e tendo feito provavelmente o melhor resultado que alguma vez vou conseguir :P

Grande Prova esta! Para o ano caso se realize, estarei lá outra vez e com mais pessoal.

O amigo Paulo do Carmo, chegou alguns minutos depois, com um sorriso na cara, e terminou com uma prova muito regular, principalmente para quem se estriava e num percurso ainda assim com alguma exigência (no btt).

Próximas: Duatlo das Lezírias – Vila Franca Xira – 18 de Fevereiro
G. P. Do Atlântico (10km) – Costa de Caparica – 25 de Fevereiro